Já que passa das três horas e a rapariga ainda não meteu na cabeça que o correcto seria dormir, porque não escrever? ou melhor, porque não sentir? pensar? aceitar? compreender? falar? arre ! Tantos verbos que podem ser usados para algo que a pobre rapariga decida fazer; muito à vista lógica de um humano, a rapariga ponderou em não fazer nada; e apercebeu-se que seria impossível, só por isso ousou utilizar dois só verbos para descrever, a tão tarde hora o que estava a fazer. com gestos poucos visíveis vejo-me agora a relembra-los. Parar e respirar, por assim dizer parar para respirar; somente isto, sem tirar nem por; a rapariga ousou dizê-los em voz baixa, tão baixa que certamente só um bom ouvido o poderia encontrar no meio da brisa que por lá fora se vai ouvindo. Por fim, vejo-me no dever de vos contar como terminou a noite, ou por assim dizer, penso que seja o melhor para as consciências curiosas que pela estrada da vida vagueiam; Nada mais nada menos do que uma continuação de um respirar, assim o espero; penso que um parar já não será de possível utensílio nestes vocábulos, pois seria pouco provável um ser como estes não se mexer durante uma boa noite de profundo sono, digamos que é com isso que estou a contar. Tenho um ultimo verbo, um ultimo para usar nestas frases, que a estas horas não deviam ser existentes. Dormir.