TEMPO
meu amor, não tenho tido assim muito tempo, isto porque o tenho tentado ocupar de todas as maneiras possíveis. é um segredo, mas que a ti eu continuo a poder contar-te, nem que seja por aqui.
sabes que se ocupares todos os segundos da tua vida te sentes tão tão cansado que quando deres por ti o único tempo que tens quando chegas a casa pela noite, é dormir? sim, porque não consegues fazer absolutamente mais nada, quando as tuas pernas tremem de extremo cansaço, quando os teus olhos ardem de não aguentarem estar nem mais um bocado abertos ...
tenho tentado de tudo, de todas as maneiras e mais algumas fazê-lo, tenho tentado não te dar tanta importância (se consigo? oh, claro que não!) e tenho tentado também levar as coisas de uma maneira diferente, penso que posso ousar dizer que guardo tudo aqui, só para mim. a imagem que passo para ti, é que estou bem e tu não vais descobrir por nada que a cada dia que passa me arrancas mais um pedacinho de alma com tudo o que dizes, ou que não dizes. e já te contei o porquê de tudo isto? tu crias-te enormes barreiras sobre nós, de um tamanho de tal forma excessivo, que eu deixei de as conseguir passar.
e hoje, hoje foi só mais um dia em que voltas-te a deslocar este pequenino coração mais uns largos centímetros, mas já me habituei de um tal modo que até acho que um dia, um dia não vou sentir nada de nada.
tenho saudades tuas, sabias? tenho muitas, muitas saudades tuas. tantas que não voltarei a dizer-te isto mesmo.
quando ganhar coragem, eu prometo ir-me embora eternamente (mas essa ideia, continua a assustar-me de tal forma, que o melhor seja continuar assim, até me sentir oficialmente acabada).
- serás uma eterna idiota, cristiana, e agora vai dormir, amanhã tens de novo o dia preenchido de coisas para fazer.
e sim, eu ainda te amo mais do que as minhas forças.
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