Quis tanto voltar a chamar-te de amor, quis tanto voltar a sentir o teu aconchego, quis tanto sentir os teus braços entrelaçados no meu corpo, tanto quis voltar a sentir o aperto no peito conseguinte de uma liberdade que ainda agora me transcende as palavras, tanto que quis, que agora que já eram poucas as esperanças de algo assim, tu apareces com o teu cavalo branco, lindo de morrer e com aquele olhar que deixaria qualquer pedaço de mulher caída sobre o teu encanto. Tantos dias, tantas meses, e agora, neste específico momento apareces tu, cada traço, cada linha da tua mão, receio poder dizer, que mesmo passado tanto tempo, ainda estaria bem presente em tudo o que possam chamar daqui de dentro, eu sei lá explicar, eu sei lá dizer aquilo que existiu todos estes dias, há coisas inexplicáveis, só isso.
Suspirei, sussurrei com o coração «é verdade?», nada me garantiu que sim e também nada me desiludiu com um não, fiquei-me pelo intermédio.
Sei que sem contar tinha um bilhetinho no meu bolso direito:
“Sim, amor verdadeiro há só um! E tu és o meu. Nunca me esqueci de ti, nem nunca me irei esquecer!
Amo-te.”
E agora, digo-vos baixinho: vim a sorrir o caminho todo, mas não contem a ninguém, é que é muito cedo, e não podemos voltar a magoar-nos, tem que ser tudo lindo, porque o amor é isso mesmo: lindo. O resto não é amor, não faz parte. O amor é sempre sempre lindo.
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