Deixo tudo em casa, a vida, o humor, a alma, as malas feitas, o amor e corro, apenas corro.
Solto uma pequena gota de suor, luto contra o vento e corro.
Corro pisando tudo aquilo que me fez acreditar, corro sob um relvado esverdeado brilhante, corro passando ao lado daquelas mesmas pessoas que viram e assistiram sem pagar bilhete, o que julguei de verdade ser um eternamente. Corro sem parar um instante, corro até o meu folgo não mais aguentar, desta vês não vou parar, nada me vai parar.
Corro deitando fora cada gota de saudade, passando novamente pelo banco onde perdi todas as incertezas, quando diante de tudo aquilo que me é mais sagrado, prometes-te escrevendo sem medos em letra bem visível (ainda hoje está lá, sabias?).
Corro colocando a minha alma, naquele dia inesperado, onde me confias-te tudo. Corro guardando esse teu segredo que a partir daquele dia se manteve sempre presente na maneira de como eu observava o mundo, me confias-te aquilo que sempre disseste não dizer a ninguém.
Corro diante os teus olhos, por mais que já não me vejas corro passando por ti diariamente, por vezes até mais do que uma vez (2h45m), corro e vejo como te tornas um “crescido”, passo horas contemplando simples paredes amarelas, sentada por entre árvores, menos quando ganho coragem e passo mesmo em frente, e aquela senhora que me soa familiar sorri de uma forma de comprimentos a uma desconhecida, corro sobre ti, nunca me viste mesmo? (abre uma porta, ou até mesmo uma janela e espreita. Quando saís ou chegas olha pelo meio das árvores, eu olho-te dias após dia, tenho pena que vá ter que reduzir imenso o meu número de vezes presente por aí, mas olha(-me)).
E agora ocorreu-me uma ideia estúpida de correr novamente, correr de um corredor enorme onde terei que permanecer alguns dias depois da (…) correr com uma forma de tentativa de suicídio, uma forma de terminar o livro sem um fim, mas eu não posso continuar a fugir. :’’
Eu vou correr até ao acabar, não por ti, não por mim, mas sim por todos aqueles seres que esperam de mim aquilo que eu nunca serei, por todos aqueles seres que mantêm a esperança de um “VENCER!”, por todos aqueles que acreditam, por ela que me criou (até ao partir) e injustamente lhe foi retirada a vida, por todos eles eu vou correr sem parar. Serei só eu (com ela), correrei, VOLTAREI! SOBREVIVEREI! Eu vou correr sozinha, e lutar contra um nada que um dia me matará, correrei até a um determinado ponto, até um fim.
Para onde quer que tenhas ido, onde quer que estejas, estarás sempre comigo para além do tempo.
2 comentários:
e eu tenho sorte de a ter a ela +.+
e eu tenho sorte de a ter a ela +.+
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