E mais uma vez já passou tanto tempo desde tudo, é incompreensível como os anos vão passando de uma forma incontrolável, mas as memórias vão ficando cá, colocadas sempre no mesmo sítio, por vezes arrumadas numa gaveta onde consigamos afastá-las do mundo aparte. O tempo é algo que não se controla, e passa a uma velocidade inconstante, receio que seja exactamente isto, inconstante.
Tantas coisas boas que já aconteceram, tantas coisas más que vieram sobrepor-se sobre todas elas, seria correcto? Cada história é uma história, e não poderia estar agora a colocar termos incorrectos ou correctos, a verdade é que chegando a um dia com uma dimensão tão transcendente como este, não esperava sentir-me de outra maneira que não esta … não existe ainda palavra possível para tal, e é de complicada explicação. A verdade é que a vontade de saber tudo o que se passou, de saber como estás, como tens passado os teus dias, a vontade de te perguntar mil e uma coisas é imensa, mas não, eu aprendi há algum tempo que não o poderia fazer mais, porque eu tenho a certeza que tudo não é resumido somente por aquilo que os meus olhos sentiram, isto eu não o vou fazer.
Este que é o teu dia, e faz-me querer relembrar todo aquele tempo, toda aquela história e talvez por isso, hoje, eu vou fazê-lo … “tenho um sonho e uma vida para construir”, lembras-te? Oh, como de repente um turbilhão de memórias vem ao de cima, andamos mais um ano inteiro a tentar guardar tudo isto e chega a um dia que puum, não explode, apenas se liberta por um bocado.
Sabes, tento escolher as melhores palavras para não dizer algo que se por eventualidade leres isto, não te magoe, não te faça possuir sentimentos negativos perante tudo e mais alguma coisa, mas não é fácil, porque não posso desrespeitar o “limite” , tenho consciência que não posso.
E lembras-te quem é que amanhã também faz anos? Sim, a minha mãe e essa mesma hoje lembrou-se muito muito bem, quem é que também comemorava algo tão importante, ela mandou-te os parabéns, mesmo eu tendo-lhe dito que não poderia dar-tos, oh.
Hoje, gostava que conseguisses ver as coisas como eu estou a ver neste momento, uma escada de cada vez e sempre que tiveres que recuar, recuas, não tem mal nenhum, lutas para continuar a subir também.
Lembro-me o quanto é mais bonito quando não percebemos o porquê de estarmos apaixonados, o porquê de sentirmos tudo aquilo, penso que seja algo que nem a realidade descobriu, algo que nem a ciência chegou a esse ponto. Quando ocorre tudo de uma forma natural, é mais sincero e verdadeiro, e foi isto, continuamos vivos e o maior objectivo da raça humana, deveria ser, quando chegarem ao final poderem dizer que já passaram por ali, já fizeram isto e aquilo e deixaram a marca, gozando o que o planeta tem para cada um.
Oh, sabes que escrevia páginas e páginas se fosse algo bom para ti.
“Chorar não ajuda, mas alivia muito.”, se estiveres a ler e alguma lágrima cair, eu tenho a certeza que a história existiu, a verdadeira, aquela de que só nós conhecemos os segredos, por mais que me vá arrepender muito, daqui a pouco, por te ter tocado em algo assim …
Olha e já reparaste que continuei com este blog, com este pequeno diário? Bem, está cá tudo, desde o primeiro dia, sem apagar absolutamente nada e continuo a gostar muito de escrever, muito mesmo.
Tenho tantas coisas para te dizer, que não vou continuar a fazê-lo,

Quero desejar-te mais uma vez,

OS MEUS PARABÉNS !

O verdadeiro amor, existe … uma vez na vida.