Que enorme trapalhada se tornou esta história; na verdade começou certinha como todas as outras, e com o tempo foram desaparecendo personagens, foram chegando outras e sem ninguém se aperceber, parece-me que isto se tornou num ciclo, ao qual todos nós pertencemos, sendo ele vicioso, nem nos damos conta do quanto ele existe nos nossos mundos.
Dizemos olás e adeus com tanta frequência, que nos seria quase impossível de os contar ao certo; “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”, como Fernando Pessoa dizia, e eu excedo-me ao máximo, dizendo que sim, ele tem deveras toda a razão! Existem curtos espaços de tempos em que me lembro destas pequenas grandes coisas, e hoje, hoje que me apercebo que entrei num labirinto, onde ainda procuro uma saída, vejo a enorme trapalhada em que isto se tornou … não que eu não saiba mais aquilo que quero, continuo com todos aqueles sonhos bem presentes em mim, mas hoje fizeste-me voltar a pensar no quanto já foste cruel comigo, o quanto me magoaste com coisas que também, ainda hoje, não tenho o mínimo conhecimento do que seriam … foste embora, partiste para sei lá onde e eu fiquei aqui, sem mata ou até mesmo uma bússola, que me orienta-se ao inicio do labirinto. Passou muito tempo, anos até, eu deixei de te procurar e um dia pensei que o botão “desligar” tinha sido, de facto, pressionado por mim e teria voltado com todas as forças recarregadas, com uma força sobrenatural; mas sabem, existem pessoas que nunca, passe o tempo que passar, nunca são esquecidas, são as tais que aparecem na nossa vida sem um como ou um porquê, as tais que se tornam inexplicáveis e incomparáveis; um conselho: não tentem esquecer essas pessoas, elas podem ter-vos magoado muito, mas também já vos fizeram muito bem, arranjem uma maneira vossa de conseguirem aconchegar o coração, sem sofrimentos, sem mais tristezas, não esqueçam, lembrem-se apenas ou então em alguns dias, relembrem. Eu estou também a tentar arranjar a minha maneira e desta vez eu acredito que também vou conseguir, com toda a enorme trapalhada ou sem ela.