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E ainda à pouco acordei, e já cá estou eu, sentada, nesta paragem fria. O autocarro deve estar prestes a aparecer e pronto, tudo começa, um teste logo pela manhã, uma segunda-feira indesejada, mas que teima ser sempre igual, teima em cair sobre mim da pior maneira; segundas-feiras, eu odeio-vos sabiam? Rendo-me até a enorme tentação de dizer que vou odiar-vos sempre enquanto não deixarem de ser uma rotina patética e que eu também tanto odeio. Acordei aborrecida, digamos que acordei de ter adormecido uma hora antes (…) é impressionante como os Domingos são sempre um tormento para mim, para adormecer, não sei, não sei mesmo, aliás, eu até sei, aos Domingos os fantasmas, as vozes desconhecidas descaem e deixam de ter medo de como eu os possa expulsar. De tão vulnerável que fico, sinto que até eles se sentem uns enormes vencedores perante a minha tão, tão esta pessoa que vos escreve. Ao Domingo, à Segunda-feira esta menina sente-se tão desprezível que amava poder fechar-se no quarto e talvez ficar a dormir umas belas de sono.
Melhor, seria exatamente isto, era bom adormecer uma semana, e dar todas estas horas de sono à minha tão querida cama, só uma semana em condições, sem correrias, sem chatices, sem medos, sem fantasmas, só eu e ela.
E agora para ti, ouve-me, olha que vou falar muito baixinho, por isso, escuta-me com atenção: se eu pudesse ter-te aqui do meu lado; mão presa à minha, rosto colado ao meu, olhares compenetrados; decerto que não hesitava, e aproveitaria cada segundo que fosse no mundo da magia, no nosso mundo, colocava-te só do meu lado e deixava que este pequenino órgão te partilhasse tudo isto, oh, tu sabes, o aperto, o frenesim no peito, sei lá eu.
3 comentários:
a sério? *.*
muito obrigada! este teu texto está fantástico.
que blog interessante! parabéns, adorei cristiana :)
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