Há pequenas grandes coisas que por mais que o tempo passe, nunca desaparecerão de nós. O que é verdadeiro, permanece para sempre, chega a um dia em que conseguimos guardar aquilo que tanto nos magoa num cantinho do coração, mas sabem, basta uma lembrança para o fazer saltar donde tão bem guardado estava. Estamos numa altura má, muito má, e de repente até parece que me lembro de tudo, desde o primeiro dia, como se fosse ontem…
Hoje fui visitar de novo o mar, oh, como é tudo tão bom. Fez-me bem, ou talvez não, “chorar não ajuda, mas alivia”, e toda a tarde a olhar para ele, não vos sei explicar, sinto que tenho uma ligação com ele que ninguém, senão ele ou eu, pode compreender.
Estava vento, ao inicio assustou-me, ao inicio fez-me ter medo não dele, mas do que ele poderia estar ali a representar.
Sabem, hoje sinto-me tão pequena, tão sem alma, que até parece que tudo o que vou escrevendo não tem sentido algum. Na verdade, todos nós temos um príncipe no nosso mundo, um príncipe escolhido pelo nosso interior, o meu, oh, eu não sei do meu, está longe, está escondido pelos confins do universo. Precisava dele agora, só para me dizer que eu consigo, para me dar um bocadinho de força, precisava muito de a sentir agora.


2 comentários:

jújú disse...

eu sei, mas ainda é o inicio é complicado. ainda dói, ainda arde, mata-me todos os dias. sabes quando tens a pessoa que sempre sonhas-te ao teu lado e que já lutaram muito para estarem juntos mesmo sabendo que mais tarde ou mais cedo ele tinha de partir? tu vais-te preparando aos pouquinhos, ou pensas que vais, porque na realidade quando chega à hora nunca estas preparada. dói muito, especialmente quando vês outras miúdas apaixonadas pela mesma pessoa que tu e tu sabes que foste tu que estiveste sempre ali com ele, era de ti que ele gostava, mas elas não te largam e nesta altura tudo o que se transforma em ciúme arde mais. mas sim, eu guardo-o sempre dentro de mim e sei que um dia vai deixar de doer, mesmo que ele não volte, vai deixar.
obrigada pela força princesa !
adoro o teu blog *

jújú disse...

sim, é tal e qual.
quando eu o conheci, nunca me quis apaixonar, tá certo que ele era lindo de morrer e desejado por qualquer uma, mas eu pensava "nossa, eu já sofri muito, não me quero apaixonar. o amor é uma cilada e agora que curei as feridas do passado, não me quero apaixonar por ninguém". eu pensava assim com qualquer rapaz que se tentasse aproximar de mim. no entanto, ironia do destino, as coisas foram surgindo e nós fomos ficando, era certo que eram demasiadas raparigas atrás dele, mas e então?! ele era meu, fui eu que conquistei aquele coração e era comigo que ele andava de mão dada pelas ruas. sempre fizeram de tudo para nos separar e por ventura, uma até conseguiu com umas mentirinhas, acabamos, mas não aguentávamos a saudade e tínhamos de falar todos os dias. voltamos, mas o "adeus" estava próximo. atormentava-me os dias, esfriava-me as noites, mas eu queria viver o momento e dizia "eu estou preparada". via miúdas sempre a atacar, mas a caírem quando ele me defendia, e isso só me tornava mais forte.
mas agora por muito que eu tente, dói, dói ler qualquer paragrafo sobre ele, mesmo sabendo que é de mim que ele ainda gosta, mesmo sabendo que era por mim que ele queria cá ficar, só que continua a doer. depois junta-se a saudade que de dia para dia vai aumentando, junta-se o vazio que vai cá dentro e juntam-se os planos e as perguntas do futuro , tudo somado ainda dói mais.
as vezes sinto-me sozinha, mesmo sabendo que tenho muitos amigos, nem com eles falo.
pergunto-me muitas vezes "porquê que as coisas não podem ser mais simples?" , nunca encontrei uma resposta.
ainda é cedo, passaram poucos dias da partida, a confusão na minha mente vai-se instalando em cada neurónio, mas um dia as coisas hão-de virar, até lá, vamo-nos aguentando com as armas que temos.
obrigada princesa *
beijinho :)