Minha cara dor,
Quando é que vais decidir partir? Quando me vais deixar em paz? Quando vais deixar de atormentar todos os meus sonhos? Ou então, quando é que vais ser a razão de uma força perdida?
Sabes quando chegamos a este patamar que não tem qualquer tipo de sentido? Quando passa imenso tempo, tempo este que deveria ter servido para entender que passou, quando chegamos aqui o que é que ainda há a fazer? De facto, eu agora sei como devo estar, sei que não devo relembrar aquilo que mais me magoa, ai está, eu sei … mas ainda não o consigo fazer, e isso faz-me sentir de uma raça fraca, extremamente fraca.
É como se tivesses decido apoderar-te de mim; parece-me que uma enorme dor, maior do que aquilo que alguma vez me pareceu possível, se instalou em mim, sem eu dar autorização. Isso mesmo, estabeleceste-te em mim, e eu não faço ideia como te mandar embora.
Fazes com que me sinta sozinha, sem um alguém do meu lado.
Sinto falta da irmã, daquela que estava presente todos os dias, sei que agora ela tem o espacinho dela, sei que estamos muito afastadas, mas ainda assim é dela que eu mais preciso, foi ela sempre o meu porto seguro, oh, sinto muita falta de todos aqueles sonhos que tínhamos juntas.
Sinto falta que alguém me ame, que alguém sonhe comigo, que alguém permaneça junto a mim. sinto falta de um principezinho com certezas, que realmente goste de mim e queira ficar, queira sentar-se do meu lado, dar-me as boas noites e amar-me de uma forma saudável. Sinto falta de muitas coisas, e eu sei que é pedir muito, querer tudo isto, na verdade é pedir demais. Sinto falta de mim.